Parece que o pessoal do Google não consegue parar de se mexer... Além do estardalhaço que eles vêm fazendo para divulgar o Google Wave (que ainda não foi oficialmente lançado), esta semana eles fizerem mais dois anúncios relacionados a novas linhas de pesquisa em que a empresa está se envolvendo. Na verdade, o que eles anunciaram foram os primeiros resultados dessas novas linhas.
O primeiro anúncio foi que eles estão construindo uma nova linguagem de programação, chamada GO. Mas porque criar uma nova linguagem de programação se já há uma infinidade delas por aí, com os mais variados propósitos e uma vasta gama de características diferentes ?
A proposta, segundo o site oficial do GO, é resolver duas frustrações que os desenvolvedores da linguagem têm. Para eles, as linguagens existentes hoje cujo código resulta em programas com melhor performance - como C/C++ - têm um processo de compilação bastante lento. Dentre as razões alegadas para essa lentidão, eles citam a existência de arquivos header que contêm as pré definições necessárias para se usar funções e classes num programa e a tipologia de dados do C/C++. Ambas as questões são resolvidas, com a eliminação das pré definições e com a introdução de tipos de dados dinâmicos, no mesmo estilo dos tipos existentes no JavaScript. Para finalizar, a nova linguagem não possui a ideia de ponteiros no sentido entendido pelo C/C++ e outras, o que permitiu também a criação de um garbage collector mais eficiente. Isto é, o gerenciamento da memória do GO é automatizado como no Java e no .NET.
A outra frustração que a linguagem procura resolver é o fato de que o hardware dos computadores tem evoluido muito, em especial em relação ao número de processadores, enquanto as linguagens de programação não têm acompanhado tal evolução. Neste sentido, a sintaxe do GO procura facilitar a criação de programas que tirem o máximo desse tipo de arquitetura, de modo que o resultado são programas pequenos e leves com capacidade de trocar informações entre si e sincronizar suas execuções de forma nativa, isto é, tudo contemplado na própria sintaxe da linguagem.
Embora os engenheiros do Google estejam usando internamente esta ferramenta, o site do GO alerta que ela ainda não é madura o suficiente pra uso em projetos comerciais e que a divulgação da linguagem neste ponto tem justamente o objetivo de obter sugestões da comunidade de desenvolvedores para complementá-la e testá-la.
A segunda linha de pesquisas que eles revelaram diz respeito à comunicação entre os navegadores de internet (os browsers) e os servidores da Internet. O mecanismo existente hoje é o protocolo HTTP, estabelecido como padrão nos primórdios da internet comercial. A pesquisa do Google tenta minimizar alguns gargalos decorrentes da forma como esse protocolo permite a um navegador de internet receber certos tipos de informação do servidor Web e como o servidor as disponibiliza. São recursos como streams de áudio e vídeo e a compactação de dados de controle do HTTP, além do modo como o servidor prioriza as requisições feitas pelo navegador.
O novo protocolo foi chamado de SPDY (speedy) e, segundo o blog dos pesquisadores, os testes preliminares em laboratório foram animadores, resultando em cargas de páginas até 55% mais rápidas. Para o teste, foi usado um servidor de Web criado para se comunicar usando o SPDY e uma versão modificada do Chome, compatibilizado para entender o novo protocolo. Novamente, a pesquisa ainda não gerou um produto e a fase atual do desenho no novo protocolo é de abertura para que a comunidade de desenvolvedores possa conhecê-lo e dar sugestões para melhorá-lo.
Veja neste link a notícia publicada no site IDG Now! sobre o SPDY.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
OBS: Os comentários enviados a este Blog são submetidos a moderação. Por isso, eles serão publicados somente após aprovação.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.